ÀS MÃES
ÀS MÃES!
Nestes tempos de penúria do pensar em que parece não valer nada a vida do outro, olho com muita atenção para esta referência de ternura, amor e cuidado e não tenho como reconhecer que o mundo não apenas ficou sem pai, sem referência do limite e da ordem, mas está cada vez mais órfão dos sentimentos maternos. As crianças vão crescendo e ficando brutas.
Muitos já estão torcendo o nariz com esta negatividade, mas não tenho como não recordar aos brutos machos armados de força bruta ou balas que as mulheres, mães, expressão do amor e da ternura, estão tombando pelas ruas e nas próprias casas.
O dia das mães precisa de algo muito maior que uma joia. Esses presentes que são dados, em grande parte, expressam a hipocrisia de seres violentos. Presentear a mãe e violentar a própria mulher, a própria namorada, a amiga, a colega, enfim, outras tantas mulheres que se encontram ao nosso lado é o ato de maior covardia que se possa fazer.
Sim, covardia! A violência contra a mulher tem diversos perfis e todos eles levam à morte. O presente pode ser uma compensação, pois enganamos as mulheres com a imagem de bom filho! Só seremos bons filhos na medida em que semeamos a ternura e o cuidado, o amor, recebido de nossas mães pelo mundo a fora. O resto é enganação. Feliz dia das Mães a todas as mulheres, gestantes eternas da ternura.
Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 22/08/2021
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