Como as pessoas brincam com as palavras.
Fazem verdadeiras roletas russas,
e as balas vão matando impiedosamente.
Em tempos líquidos as palavras são concretas,
pedras de concreto,
balas de chumbo,
cuspidas sem pena nem dó.
As palavras matam mais que as balas de revólver.
Matam e ordenam o silêncio para sempre.
Crueldade!
Mas nada nos convence do cuidado com as palavras.
Por quê?
Acreditamos que as palavras são propriedade nossa
para dispomos como acharmos melhor.
As palavras precisam revestir-se do "Verbo"
e assim se fazer vida encarnada.
A salvação até virá pela Palavra!