Trata-se de uma das experiências mais significativas,
mais empolgantes,
com certa dose de ansiedade.
A preocupação por não esquecer nada,
mas sempre se esquece
e o mundo não se acaba.
A viagem é muita coisa!
Não se viaja para descansar!
E muitos mentem para si mesmo
acreditando que se descansa.
Retorna-se cansado!
Mas esse cansaço é bem diferente
e nos abre para outra dinâmica da vida:
A descoberta!
O inesperado!
Um lugar especial!
Bonito ou feio!
Diferente.
Tanta gente passando em nossa frente.
Nenhum parente!
Nem sempre queremos ser vistos
por pessoas que sempre nos encontramos.
Os estranhos nos chamam a atenção.
Encontra-se com cada tipo,
cada estranheza.
Por isso não gosto muito de viajar em grupo,
porque tenho a sensação de não sair do lugar.
O grupo me fecha na mesma coisa
Impede-me em novas descobertas,
desbravando o desconhecido.
Até o meu tempo deve estar alinhado com o tempo dos outros!
Coisa absurda.
Sei que os amigos são muito importantes
mas tenho o tempo todo para eles.
Sem contar o prazer ao chegar
e marcar um encontro para relatar as aventuras feitas,
as fotos tiradas,
os causos vividos.
Como é gostoso entrar na vida do lugar,
encontrar as pessoas em seu habitat.
Perguntar bobagens de turistas
e abrir-se para tantas diferenças.
Também não gosto de viajar sozinho.
A vida solitária não me encanta nada.
Parece que a grandeza do mundo,
com sua beleza,
com sua diversidade,
Torna-se mais encantadora.
Em companhia de alguém especial.
Pode ser marido ou mulher,
amigo ou amiga,
companheiro ou companheira.
A dois a viagem torna-se mais divertida.
Mas não pode ser qualquer um.
O outro que vai ao nosso lado
requer sensibilidade e cuidado
para ser escolhido.
A viagem nos torna desbravadores de emoções.
A viagem é um caminho para os recônditos mais escondidos
De nós mesmos.