Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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A imortalidade literária

Ao saber da eleição de Gilberto Gil

e Fernanda Montenegro

para cadeiras na Academia Brasileira de Letras,

penso que em cada autor

quase sempre anônimo,

simples e fiel a si mesmo.

 

Quem não gostaria 

de ser também imortal?

Talvez alguns desejam até inconscientemente.

Nisso não há nenhum pecado.

 

Nas letras tantos encontraram a salvação

nos tempos de pandemia

com tantas mortes.

 

Alguns tripudiaram a morte.

Outros jamais hão de querer morrer de graça.

Um livro ou um poema,

uma música ou uma cena de teatro,

é nas letras que nos tornamos

um pouco mais do que somos,

atravessando mais tempo que esperamos.

 

A morte seria apenas um evento.

O que importa mesmo é o que somos

e o que deixamos nesse mundo.

Pouco importa

se for numa cadeira literária

ou apenas num pensamento

registrado em algum guardanapo,

ou num caderno chique.

 

A imortalidade literária

é muito mais que uma honraria.

É gratidão com o mundo que nos permitiu viver!

É a comunhão eterna

entre vivos e mortos.

Então a imortalidade

torna-se a própria eternidade.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 14/11/2021
Alterado em 09/12/2021
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