Como surge essa relação
sem prognóstico
e sem nenhuma razão concreta?
Simplesmente do nada parece acontecer
e permanecer,
pois dificilmente amizade de criança se rompe.
As briguinhas são normais e tão passageiras.
Logo depois das lágrimas
brota o sorriso encantador.
O mundo poderia ser todo delas
e seria muito feliz
e teria paz permanente.
Se algo nos parece mau,
ou foi aprendido de adulto
ou é puro instinto animal.
O coração infantil é fiel!
Não tem fel!
Não é azedo!
Não produz ódio.
Encantou-me um choro de uma menina de três anos
porque queria encontrar com sua amiguinha
em outro lugar.
Era Hanna querendo visitar Alice!
E poderia ser qualquer outras duas, três...crianças.
Importa apenas que elas querem o encontro!
Querem estar juntas!
O tempo todo! Até dormir juntas.
Para elas é mais importante estar na casa
com outra(s) criança(s)
que uma viagem a Disney.
Parece que para elas não há tempo,
não há distância.
Tudo é pura liberdade!
Puro querer!
Puro prazer.
Hoje entendo um pouquinho mais
o ensino do Mestre Jesus que dizia:
“Deixai as crianças e não as proibais de vir a mim,
porque delas é o Reino dos Céus”.