Um desafio está posto:
transformar a vida em uma obra de arte.
Sempre fazemos arte com objetos,
agora é preciso cuidar de poetar a vida.
Para isso não é preciso ser especialista
e nem perito.
Muito menos crítico!
Se em cada poesia se elogia de maneira estética
como seria o movimento de ficar de frente
a uma pessoa sob a forma poética?
Ninguém para diante de um quadro
para jogar fezes nele,
muito menos para meter bala de revólver
ou apunhalar impiedosamente.
Como eu gostaria de ver as pessoas desejando ver o outro,
visitar o outro,
entrar em comunicação verdadeira e contemplativa
da obra que se faz pessoa.
A vida como uma obra de arte
não seria feia e nem ameaçadora.
Seria apenas alguém a ser admirado pelas pessoas.
A vida como arte não pode ser engavetada,
descartada,
mas algo para servir de embelezamento.
Cada um de nós é tão importante e valioso
que precisa ser preservado,
cuidado,
algumas vezes recuperado.
Nunca colocaríamos uma obra de arte num deserto árido
sem alguém que a contemple.
A arte não constitui a cultura de maneira isolado.
Cada quadro preciso ser colocando em espaços de exposição.
Seria então doação gratuita para a pura admiração!
Para começar pintando nossa vida
Bom seria usar elementos da leveza,
da alegria,
da serenidade.
Quando for preciso usar tintas fortes,
escuras,
traços pesados
ou riscos apressados,
que eles estejam sempre em sintonia
com a beleza
da alma e do corpo.
Assim iremos constituir nossa maior riqueza:
a felicidade!