Diante de uma grande avenida,
sentado ouvindo tantos sons de carros,
vendo suas velocidades,
uns mais lentos
e outros parecendo querer voar,
tudo me parece uma grande metáfora
da vida de cada pessoa.
Tudo se move para reter o permanente
que ninguém sabe o que é.
Se alguém parar,
diagnóstico imediato: tá doente.
Então a vida se define como velocidade,
onde cada um busca seu lugar na largada,
sem atingir a chegada,
vamos nos perdendo nas margens.
Sem razão nos entregamos
a essa loucura chamada vida.
A próxima etapa é 2022.
É preciso viver
na intensidade da vida
que basta.