O que seria da vida sem amores?
Não o amor singular
que é uma forma de arriscar viver na míngua
ou das migalhas que caem da vida.
Não um amor que desandou,
que desdenhou
que acreditou ser tudo
e se perdeu nos desvios e nos atalhos.
Hoje quero cantar a todos os amores!
Desde aquele que nem bem nasceu
foi-se, mas deixou um aroma gostoso.
Aquele que do nada surgiu,
pouco se agarrou na vida
evaporou-se no caminho da aventura.
Quero cantar o amor que mais durou
e também se foi
porque se perdeu na estrada do tempo,
na sedução dos outros aromas
esquecendo-se que tinha um aroma muito especial.
Foram tantos amores,
cada um com seu aroma
cada um no seu tempo.
Alguns morreram entre rancores
e foram enterrados no esquecimento.
Os grandes amores duram o tempo que for possível.
Marcam os corpos e os espíritos.
Os grandes amores não morrem
apenas se deslocam para outras paragens.
São verdadeiros em seu tempo,
e valem muito mais que um alento
pois são feitos de puro carinho,
cuidado,
entrega e prazer.
Aos amores sempre cantemos
Pois assim nos tornam eternos.