A mesma via que vai
Não é aquela que retorna.
Esse vai e vem parece coisa simples,
Mas é o mistério que envolve nossos seres.
Se o prato da balança pesa mais de um lado
O preço se torna exorbitante.
E tantas vezes os amantes
Querem dar o máximo de si
Quando deveria pautar sua doação
Na justa medida,
Na linha média.
Por que o amor se quer absoluto
Ele se perde em si mesmo
E desaparece no próprio umbigo.
Amar é um dar humilde,
Necessário,
Apenas necessário.
Não se tem necessidade absoluta.
Essa nos mata por congestão,
Querendo tudo acaba dando tudo,
Morrendo na mesma via da ida.