Depois de tantos anos
O amor parece acabar.
Acomodados num cotidiano sempre igual
A monotonia dita o dia e a noite.
Qualquer movimento parece fatal,
Elevando o nível de insatisfação.
As vozes cada vez mais elevadas
Em decibéis até raivosos.
As vontades se chocam.
Noites tensas.
Dias cinzentos.
Tudo perde cor,
Perde cheiro,
Perde encanto.
Em cada canto uma lágrima,
Que vai molhando a dor da solidão.
Por tão pouco o mundo desaba,
Cada dia mais distante,
Aquela hora,
Aquela palavra maldita
Proferiu definitivamente
A separação.
Adeus!
Para nunca mais voltar.