As novas gerações desconhecem essa brincadeira,
presente em todas as festas juninas,
com bilhetinhos verdadeiramente elegantes
em que alguém se declarava interessado na sua pessoa.
Podia ser o início de tudo,
da paquera ao namoro,
de longe o remetente observava a reação.
Quanta graça!
Quanto palpitar de coração!
Quanta festa!
Se alguém estava muito feliz
era certo que tinha recebido uma ou várias dessas mensagens.
Coitado de quem sequer fora notado.
A festa era o tempo do encontro,
Dos primeiros abraços,
do apertar de mãos,
e chegando até os beijos
mais escondidos e ardentes.
Talvez sentimos falta não da forma encontrada
De bilhetes,
mas do encanto dos encontros