Saudade das noites de sereno
Que na infância pareciam acalmar a vida
E deixavam o céu mais estrelado ainda.
Apenas os grilos entoavam sua orquestra encanadora,
Sob a beleza dos pontinhos de luz dos vagalumes.
Nessa calmaria celestial
A noite fria parecia tomar conta de nossos corpos
Deixando nosso espírito ainda mais no mar da tranquilidade.
E assim as horas iam passando,
Rompendo a madruga
Até o alvorecer.
Hora de acordar da noite de paz
E olhar para a vegetação toda vestida de gotículas
Brancas e brilhantes aos primeiros raios do sol.
No cume dos montes a marca dos nevoeiros
Evaporando da terra,
Formando um grande véu.
Até como lembranças
O sereno caindo vai inspirando poetas e cantores,
Dando vida ao terreno dos amores.