Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Um adeus da saudade

Último movimento de uma história vivida,

Construída como casa de pai e mãe,

De quintal onde tudo podia ser plantado,

Desde lindas flores, roseiras de vários tipos,

Ou frutas que se revezavam naquele pequeno espaço.

Ali vivemos como filhos até os últimos instantes

Daqueles que sempre cultivaram a fé e a esperança.

Os netos também passaram a viver alguns momentos

Tão marcantes naquele cantinho

De uma rua sem saída.

Mas era a saída de todos nós

Vivendo em comunhão e alegria.

Quantas lembranças!

 

Hoje aquela casinha foi vendida,

Deverá ser destruída,

Dará lugar a outra casa

Restando apenas a lembrança.

 

O mundo atual vive destruindo esse tipo de experiência

Tornando as pessoas migrantes urbanos

Peregrinos sem casa fixa.

A casa das gerações então desaparece

Nem mesmo os tijolos permanecerão.

Um último olhar!

Como dói o coração!

Apenas uma certeza:

Ali foram embalados sonhos,

Vividos grandes amores.

Esse adeus é muito mais que um simples tchau.

Sem até breve!

Talvez nunca mais.

Somente sei que naquele pequeno espaço,

De casa com quintal,

Se viveu de maneira especial.

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 11/02/2022
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