Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Fresta nos muros

Foram as pequenas aberturas

Que deram início

À queda do muro de Berlim.

O mundo então foi erguendo outros,

Grandes e largos,

Intransponíveis.

Olhados na horizontalidade chão

Nenhuma esperança de outro lado.

A morte chão.

A cegueira chão.

Sem pontes ou elevados

Os muros cercam a vida

E asfixiam cada vivente.

Não há sol nascente,

Apenas sol a pino.

Nem sol poente.

Cercados, com muros cada vez maiores.

Parece ser o destino.

Levantar-se de pé,

Largar a zona ilusória do conforto.

Ou morto.

Na ponta dos pés,

Um ajudando o outro para alcançar mais alto

Então a fresta,

E por ela nos tornamos poetas

Para alcançar a vida da liberdade

E da paz.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 10/03/2022
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