Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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A ponte

De uma margem de um rio,

Como chegar ao outro lado?

A outra margem nos atrai tanto

Que ao longo da vida sempre nos colocamos

A encontrar um caminho para atingir esse lugar.

Que mistério há em passar para o outro lado?

Nem sempre nadando seja possível.

Pode ser perigoso!

Do lado de lá algo nos puxa.

Estaria lá a fruta proibida do paraíso¿

Então o homem inventa o meio,

Que deve ficar exatamente no meio,

Que nos permite alcançar aquele fim.

A margem parece sempre estar no fim.

Com a ponte nos colocamos de pé

No meio e não no fim.

Pode-se dormir nas margens,

Jamais no meio.

Talvez sejamos mais marginais

Que imaginávamos!

E nos pomos a derrubar as pontes

O impedir sua construção.

Estar no meio, na ponte,

É poder contemplar os dois lados

Marginais mesmo assim.

Sob nossos pés o grande rio,

De verdade ou da pura imaginação.

A ponte, então, me eleva da correnteza

E abre o horizonte da contemplação.

Da ponte podemos mergulhar

Naquele rio que corre entre as margens.

E deixar-nos levar no leito da vida.

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 17/03/2022
Alterado em 18/03/2022
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