O tempo da indústria,
Da produção em série,
Da linha de produção
Nos dá uma sensação de tempo contínuo.
Até dormindo, trabalhamos.
Nossos sonhos, pesadelos!
Máquinas devoram a experiência,
E nos engolem bem remoídos.
Resistir ao tempo da continuidade,
Enfadonha e doída,
E buscar outro horizonte.
Isso é possível antes de morrer.
A vida nos agradecia quase sempre
Com alguns intervalos,
Quase como frestas que permitem ver o outro lado.
Daí nos chegam raios de vida,
De esperança,
De superação de amores perdidos,
Rompendo toda dor e desilusão.