Quando matas são derrubadas
Restam apenas troncos mortos,
Memória dos tempos de glória
Quando vivos abrigavam beleza e vida.
Entre eles agora apenas pequenas plantas,
Ainda insistem em serem vistos.
Memória da dor,
Da morte cruel
Que lhe decepou o tronco e a copa.
A tristeza em cada um
Marcando o fim da floresta.
Suas vestes em forma de casca o fogo levou
Apenas sua nudez exposta ao vento.
Daqui a pouco desaparecerá
Apodrecendo junto de quem lhe tirou a vida.
Sua história sem registro
Cairá no esquecimento
E sua memória talvez lhe faça
Uma luta por reflorescimento.
A água cristalina, quem sabe,
Volte a germinar nos olhos da terra.
As lágrimas de felicidade formarão córregos
E rios, fazendo renascer uma nova terra.
A memória dos troncos desaparecidos
Fará renascer uma nova floresta.