Desisti dos grandes feitos,
E passei a me dedicar às pequenas coisas,
Como se fosse numa pequena fresta
Eu pudesse contemplar o outro lado.
Perdi a arrogância de tudo abarcar,
O orgulho de o mundo abraçar.
Então a pequena flor aberta diante de mim
Ou uma abelha colhendo seu néctar.
Grandes discursos deixados de lado,
Pequenos versos atravessando o peito
Como que passando por uma pequena fresta.
Tornei-me curioso perscrutando orifícios,
Passei a ter fé e esperança na travessia
De pequenas frestas cravadas nos muros.
E ser pequeno em humildade
Para assim contemplar outra realidade.