Graças à vida!
Não nasci em berço de ouro,
Mas também não foi na sargeta.
Nem sempre o pobre é um miserável,
Pois a miséria é a ausência,
O nada,
A realidade sem perspectiva.
Nasci olhando para frente
Pois se olhar para trás
Torna-se estátua de sal.
Os pés sempre pisando chão duro,
Pois era a realidade.
Criança só tem duas idades:
Infância e apta ao trabalho.
Não era trabalho infantil,
Era apenas um modo de crescer
Dando a sua parcela.
Hoje só me resta olhar para o alto,
Para o caminho percorrido,
E bradar aos céus:
Graças à vida que me tem dado tanto.
A gratidão nos enobrece
E nos torna dignos do que recebemos.
Obrigado, vida!
Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 21/04/2022
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