Um sentimento muito forte inunda meu espírito, e meu corpo parece se plenificar, pois a vida que continua parece ser parte de tudo de mim e também ser tanto novo, tornando vida que continua e se renova.
O mesmo sentimento me tomou um dia e minha vida tomou novo rumo. Fez-se cuidado, carinho, companhia, corpo de novo ser. O dia desse evento foi único e chorei muito. Estava diante de algo totalmente sagrado. E assim foram dois momentos com dois seres sagrados. Dois eventos únicos que mudaram meu viver para sempre.
Sentir doravante o fim desaparecer no horizonte existencial? Jamais. Ao morrer um dia a certeza de não ser o fim. Então passei a cantar. O amor tomou nova forma de ser. O amor se fez outro distinto de si. Dois milagres distintos.
Mas os mesmos sentimentos me tomam nos dias atuais em que a vida parece pedir calma. Novos eventos únicos, novos seres distintos de si e distintos de outros corpos que um dia tomaram existência como coexistência. O amor superando mais desafios se torna sagrado e mais seres me elevam a vida para a eternidade.
Então não mais cantarei, mas tão somente nos versos vou empregar cada momento dessa nova forma de ser. Então de pai a avô o mundo se torna poemas para vitalizar o caminho de todos os que continuarão nas sendas da existência.
Os poemas servirão como memória, como cânticos sagrados. Sangue do meu sangue a continuar a saga que escolhemos sem saber onde ia dar. Seremos assim o infinito sem previsão, o amor sem conta de provisão.