Acordei pensando numa invenção
Que fosse muito útil aos homens
E diante de tanta coisa ruim
Que as pessoas lançam ao mundo,
Achei fundamental um coador.
Só deixa passar o suco,
A coisa boa.
Esse instrumento chamado coador
Seria obrigatório para todo mundo,
Só podendo retirar aí dormir.
Somente as vozes do inconsciente,
Nos sonhos ou pesadelos,
Deveriam ter a liberdade de sair livremente.
O coador de palavras deixaria com o próprio dono seus excrementos linguísticos.
Morreriam de si mesmos,
E o mundo não ouviria tanto lixo podre.