Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Amor no limite

Como nos enganamos!

Como nos acomodamos!

Como nos achamos seguros!

Que aquele amor seja para a eternidade?

A jura de amor na cerimônia,

Até que a morte nos separe,

Falácia para acomodação.

Quando se para de dizer “eu te amo”,

Quando a falta passa a ser banal,

Quando a presença não é essencial,

Quanto tantas coisas podem tomar tempo,

Roubando o momento do entrelaçamento,

Corpos separados vão seguindo em frente.

A vida então passa sem sentir,

Os beijos e abraços mais ausentes

A cama serve apenas sonhos.

A busca de alguém para estar presente!

Sem força, então, aquele amor

Já não existe nos corpos separados

Na cama adormecido fica apenas um.

O fim foi prenunciado naquele início

Deixando que se ficasse na indiferença,

Acostumando com a ausência.

Para acabar um amor

Basta apenas se acostumar com sua falta.

Outro então virá,

E o céu há de brilhar,

Outra estrela será a companhia.

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 24/08/2022
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