O tempo contado de tantos afazeres,
No corre-corre desenfreado,
Pura correnteza da vida,
Que escorre,
Carregando consigo os melhores momentos,
Deixando pro final, tormentos?
Até o amor dançou na "rapidinha",
Do gozo rápido e apressado.
Sem tempo para os abraços do prazer,
De olhar exausto o que restou,
Em desalinho se vai.
Não! Quem está roubando o melhor?
Prazeres adiados!
Para quando?
A quietude esperada,
Tão afastada,
Prazeres aguardados,
Nos corpos as marcas do tempo.
É o que resta!
Agora o mar calmo é traiçoeiro,
Esconde o peso trazido pelas enxurradas.
Com esse barco vou singrando
Deixando a brisa leve me tocar.
E navegar!