A publicação de um texto é um fato que marca nossa vida;
primeira exposição registrada para sempre.
Assim naquele início de magistério,
um sonho foi motivo de um artigo.
Mas nele se encerrava um grande mistério.
Quando recebi um apagador com uma caixinha de giz,
era como se fosse investido de um autoridade
que para mim não era merecida.
Ali estava contida uma verdade,
que logo foi sonhada,
foi revirada pelo inconsciente,
era o início de uma longa estrada,
com muito amor sempre percorrida.
No sonho um grande mestre me apareceu
dizendo que ali eu estava recebendo um grande tesouro.
Ali continha a força de transformação de uma sociedade,
ali estava um pó que iria penetrar na alma de todos.
Aspirando aquele pó cada jovem venceria desafios.
Não servia apenas para a compra de ouro,
mas contribuía para sua própria libertação.
Quando acordei daquele sonho metafísico,
senti que era preciso dar a minha contribuição -
minha vocação.
O nome do jornal era O Trevo,
e logo me foi mostrado aquela folha de quatro pontas,
símbolo desde as tradições antigas da boa sorte.