Um sonho perdido
A escola me abriu muitos caminhos,
Das matemáticas até as artes,
E nesses bancos um sonho nasceu.
Do estudo da teoria musical
Até chegar a ser escalado como organista dominical.
O sonho foi crescendo até chegar ao piano.
E vieram então os clássicos!
Prelúdios e minuetos,
Marchas de toda natureza,
Serenatas, quanta beleza!
Audições eram um ponto alto,
Convidados tão especiais.
Na primeira, Dança Campestre,
Nunca esquecerei Francisco Mignone.
E assim foi crescendo a plantinha sonhada.
Mas a história segue caminhos,
Até cruéis.
A arte não combina com longa jornada
E o trabalho endureceu as mãos,
Afastou o coração.
Hoje me restam lembranças.
Chegou o tempo da poesia
Regando o caminho da vida derradeira.
Serei então devedor eterno das musas:
Samarina descendo a ladeira
Numa balada ao violão.
Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 01/09/2022
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