Quanto o corpo se prostra,
A vontade desaparece,
E o sol escurece,
Os olhos param o brilho,
As lágrimas rolam,
Então nem o grito tem som,
Mas a dor atinge o coração.
Parece que até o sangue quer parar,
E o coração desesperado a pulsar.
A dor na alma nos toma sem pena.
Remédio?
Ah! Remédios! Eles nos fazem adormecer,
aliviam o morrer.
Como cuidar?
A elevação poética nos tira desse poço
e nos lança nas alturas da imaginação,
então pulsa o nosso coração
e o sangue da inspiração percorre todos os cantinhos
até chegar no ponto mais escondido de nós:
nossa alma.