Brava gente sempre cantei nas filas de escola
Exaltando o sentimento pátrio com bandeira na mão.
Brava gente sempre encarei a vida de trabalho
Exaltando o suor e o esforço cotidiano de coração.
Mas hoje preciso me desapegar da liberdade de cantar,
Preciso sorrir escondido como um animal acuado.
Se no passado não tão distante
O coronel podia por fim a liberdade na escolha
Hoje o medo me toma em voo rasante
Batendo no meu corpo que treme torturado.
Palavras de ordem tornaram-se balas de fuzil
Dominando a procissão do povo varonil,
A bandeira da paz e da esperança avistada no horizonte
A estrela do amanhecer se faz liberdade
Superando o medo e toda maldade.