Janelas fachadas, com grades e tijolos,
Escondem histórias,
Guardam memórias.
Em volta o mato seco do abandono ,
Nem o telhado guarda vida ,
Escorre para dentro
O fim daqueles sonhos que sobraram.
Da sepultura do tempo uma lapide:
Sonhos perdidos.
As migalhas das dores guardadas,
Dos amores que se foram,
Restam agora os escombros
Do que foi um dia felicidade.
Ousadia demais insultar os deuses
Cobrando ressuscitar a vida.
Sonhos corrompidos
No mar revolto das intrigas.
Foi o que restou!