Vivo um tempo de aguda inquietude.
Acordo querendo ver os primeiros raios de luz,
Fico aguardando a noite desaparecer.
Então me delicio com cada amanhecer,
Diferente, único.
E nessa espera pelo novo dia
Despencam versos do alto sem fim,
Caem sobre mim como orvalho matutino.
Sempre essas gotículas me fascinaram.
Hoje expressam palavras aos céus,
De agradecimento e de espera.
Minha inquietude tem a ver com a espera,
Mas de quê?
Não me sinto fora de lugar,
Contudo meu coração vive inquieto.
Talvez seja pelo desejo de viver intenso,
De amar intensamente.
Minha inquietude me elevou do chão
E me fez poeta.