Navegante de tantos mares,
Sempre atento a cada amanhecer,
Nada a suportar sem desejo de viver,
Em cada porto um abrigo ao brilho do luar.
Nunca o amor me deixou em falta
A tantos deuses eu teria a agradecer,
Mas as partidas que se tornaram necessárias
Se um dia fiz sofrer,
Talvez por não encontrar o melhor abrigo
Pus meu barco a percorrer
Novos caminhos sem medo de morrer.
A vida que me levou quase sempre para o melhor,
Em absolutamente nada tenho a arrepender,
Fiz de mim o que deveria ser feito, marinheiro.
Nos barcos da vida encontrei amores,
Em cada porto uma lembrança,
Aqui estive um dia para poder mais viver.
Do nada sempre me ergui sem medo
Carregando apenas o desejo de encontrar,
Sabendo que poderia até errar,
Era preciso percorrer os caminhos da vida
Para não deixar o desejo findar.
Enfim me recolho sob o céu estrelado,
Com a mesma lua dos poetas inebriados,
Agora embriagado me deito em seus braços
Para enfim ancorar nesse mar
Que te faz sentir-se deusa somente
E dizer diante da profundeza de seu olhar:
- Eu te amor infinitamente!