Gostaria de ver como seria o mundo sem Igreja, sem templos, sem essas coisas que modificam nosso estar no mundo. Gostaria de ver uma espiritualidade daquele Mestre que caminhava pelas estradas de chão duro, que usava barca de pescador, que olhava para cima das árvores para ver se tinha alguém escondido, que acolhia aquele povo abandonado em suas doenças e sua morte, que discutia com os sábios sem abrir mão de sua liberdade, que acolhia as crianças como se fossem herdeiras dos céus. Gostaria de estar com Ele assim perambulando pela vida, buscando sentido, compadecendo-se com aqueles que sofreram opressão, com as prostitutas prestes a serem apedrejadas. Queria estar com elas e ver quem estava vindo para um programa. Talvez por coincidência eram os mesmos doutores que discutiam a Sagrada Escritura como se fossem o suprassumo do bem. Então, eu não queria um mundo para buscar Igrejas ou templos, mas um mundo onde eu pudesse encontrar lealdade, justiça, retidão, sem hipocrisia. Ah! Um mundo assim sem ter que pagar nada. Acho que Deus não é dado ao dinheiro e sua graça não tem preço. Queria um mundo assim sem fronteiras eclesiais, e assim não teria guerras, não teria uso do poder, não teria por que brigar. Um mundo onde a única lei ou constituição fosse o amor.