Daquele penhasco-mundo um vazio,
A imensidão na frente,
E atrás nada em apoio.
Lancar-se na imensidão da liberdade,
Sem apoio em certezas ou verdades,
Apenas o horizonte do vazio.
Ah! O frio na barriga é o.medo da alma,
Descer o monte em degraus
Ou deslizar na mansidão da paz.
No chão firme os pés fincados,
Passos em compassos,
Tempo longo na cegueira do recanto,
No labirinto que nos prende.
Em definitivo escolho o vazio
E nele os meus vôos na infinitude,
Minhas escolhas sem remorsos
Meus versos em amplitude.
Então chegarei ao fim do que resultou
Da loucura de voar,
Para a liberdade.