Dia de primavera,
Pássaros cantando,
Uma simples manhã.
Naquelas escolas,
Em vez de versos,
Professoras tombando.
Um jovem armado,
A vingança!
Apenas 16 anos,
E uma vontade diabólica.
Foi envenenado como tantos,
Seguindo o catecismo,
Mein Kumpf.
Com carro e armas
Corre como soldado
Atirando firme
Sem piedade.
Não é loucura,
Tudo estava planejado
Há dois anos.
Não dá trégua,
Alcança duas escolas,
Um soldado fardado.
E os livros da paz?
Na explosão
Da pólvora diabólica
Morre a vida!
Sangue derramado,
Martírio da liberdade,
Enterro das utopias.
Vamos cultivar a paz
E banir a morte.
No caminho de sangue
Escrevo a memória
De um paraíso em cruz,
De um bairro de Aracruz.
(Homenagem às vítimas de uma tragédia,
28/11/2022 – Coqueiral, Aracruz, ES)