Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Lembranças de Natal

Em cada família, uma tradição,

Um costume que fica marcado,

Num tempo sagrado.

Mas o mais santo desse dia era a espera.

Um ano cevando aquele peru mais imponente

Ouvindo sempre ela dizendo:

- Vamos cuidar dele muito bem

Pois será nosso almoço de Natal.

A véspera era de muito trabalho,

Todos ajudando,

Em volta de uma grande mesa

A massa do capeletti esticando.

E aquele recheio!?

Num piscar de olhos, um bocado no estômago.

Ninguém percebeu?

A boca cheia denunciava.

Natal era fartura, tinha recheio de sobra.

Depois de tudo, o fogo à lenha,

A fumaça branca, prenúncio da graça.

Tudo pronto, em volta da mesa,

Sempre mais alguns agregados,

A fartura desse dia era convite aberto.

Assim o Natal era esperança e graça,

Fartura e comunhão,

Alegria e paz.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 20/12/2022
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