De um passado distante,
Envolto com tanto carinho,
Muito cuidado e simplicidade,
As memórias eclodem em borbotões.
Confesso que algumas vezes tentei sepultar
Mas reconheço hoje que esse passado,
Com tudo que nele existe,
Me pertence.
Sinto orgulho do pouco que tive,
E também das coisas que dividi.
Sou devedor dos lugares habitados,
Entre morros, entre rios,
Córregos e planícies.
Então só guardar tantas memórias
Eu me fiz um novo homem,
Rico em tudo,
Devedor apenas do destino.