Fenomenologia dos gestos,
Sinais em profusão e tantos lugares,
De joelhos ao chão duro se ora,
Sem benção ou absolvição,
A espera de um sinal divino.
O messias está entre vós
E fala em nome de quem?
O desejo de poder atropela a fé,
Corrompe as instituições,
Destrói a paz.
A guerra santa está declarada,
Os mouros são inimigos
Que também oram ao meus Deus.
Deus partido, destruído, corrompido.
Tornou-se Belzebu.
O verdadeiro Deus está além do muro,
Na fresta de luz,
Que concede vida e paz para todos.
Libertem, religiões, o verdadeiro Deus!
Derrubem o muro da hipocrisia.
Parem de profanar altares,
De pixar o Santo Livro,
De mentir descaradamente.
Parem de desbravar as igrejas,
De enganar o puros e simples de coração.
Haverá choro e ranger de dentes.