Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Saudade de ti, Pauliceia desvairada!

Na primeira vez que nos encontramos na Luz

Você não queria me deixar continuar a viagem.

Lembra? Não era possível.

Um menor de 17 anos só com autorização judicial.

Não fiquei zangado, mas foi difícil ser barrado.

E logo depois fomos nos aproximando

E você sempre de braços abertos me acolhendo.

Mostrou-me o viaduto do Chá,

Aquela rua chamada Direita,

Aquela praça dos encontros, a Sé.

Nossa! Como você era grandiosa e imponente.

Achava aquela avenida pura beleza, Paulista!

Você me convidou para Semana de Arte Moderna!

Lembra? Fiquei perdido em tantas propostas.

Fiquei perdido também ao ir ver futebol no Morumbi.

Quantas vezes, perdido na noite, perdido no dia,

E sempre um braço seu, de cada parte do mundo,

A me indicar o caminho.

São Paulo é assim!

Nem bem se chega e já se sente em casa,

E põe respeito e torna sua casa acolhedora.

Nunca me senti estrangeiro, sempre em casa.

Ah! Lembra daqueles campos de futebol nas margens,

Tietê ou Pinheiro, sempre repletos de jogadores.

Quem chegava era incorporado ao time.

Era assim e logo me tornei um craque,

Um gol feito do meio de campo.

Só isso mesmo, foi pura sorte.

Sim! São Paulo é sorte para todos os que ali chegam.

É destino, é vida, é tanta coisa.

Hoje sinto muita saudade.

Convivemos muitos anos bem juntinhos,

No frio e na garoa,

Qualquer encontro se torna uma festa.

Hoje distante de ti me faço em celebração

Seu aniversário, sua grandeza,

Só posso agradecer.

Confesso que moras no meu coração,

Para sempre.

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 25/01/2023
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