A cada dia que se passa o mundo parece afundar,
Mas afundar sobre o quê?
Sobre si mesmo,
Sobre a própria identidade,
Sobre sua imagem refletida nas águas.
O mundo morre inebriado de si,
Envenenado de si.
O mundo explode como uma bolha!
Vazio em sua essência,
Poderoso em sua aparência.
Um mundo esgotado, enfermo, moribundo!
A vida do mundo irá emergir do diferente,
Daquele que me nega o tempo todo.
Somente a alteridade é que nos salva,
Jamais a identidade.
Um mundo multicolorido,
Com tantas raças e credos,
Sem credo na liberdade de viver,
Um mundo que não teme a diferença
E se enriquece em tantos rios
Será finalmente um mundo de paz