Das cinzas
Nasci em sítio com fogão a lenha,
Sem gás ou energia elétrica,
Então de brasas sempre corria,
Elas podiam estar sob as cinzas.
Brasas incandescentes,
A quentura e o perigo,
Suas heranças: cinzas e fuligem.
Metáfora da realidade:
O mundo queima em maldades.
De suas brasas nada a assar para comer,
Apenas cinzas para matar a fome,
Fuligem para contaminar os pulmões
E matar por asfixia.
O diabo da Sapucaí está entre nós,
Sob as cinzas e fuligens,
Hipócritas que se dizem religiosos
Estão sob as cinzas do egoísmo.
A penitência está adiante,
Num coração solidário
Que sabe dividir e compartilhar.
Antes que o inferno tome conta de tudo.
Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 22/02/2023
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