Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Mãos vazias

Todo amor que se inicia vem jorrando flores,

Todos os odores disponíveis,

Dádivas cada uma mais linda que a outra.

Amor iniciante, delirante, esfuziante.

Tudo carregado de bem-querer,

De símbolos até mixurucas,

Ou uma linda flor.

O amor iniciante é pleno de sinais,

Quer mostrar sua graça,

Sua gratidão a toda instante.

Mas o amor também envelhece,

Perde a noção da gratuidade,

Tudo parece normal e natural.

Nem aqueles beijos se ousam mais ofertar,

Muito menos um simples aperto de mão.

O amor que envelhece morre de inanição,

Em vão se luta para ressuscitá-lo.

Quando morre assim aos poucos

Nem falta se sente dele.

Basta apenas um aviso: ACABOU.

As mãos vazias ficaram frias,

Os carinhos desapareceram.

O amor cresce ou morre,

A depender do que se leva com as mãos.

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 23/02/2023
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