Todo amor que se inicia vem jorrando flores,
Todos os odores disponíveis,
Dádivas cada uma mais linda que a outra.
Amor iniciante, delirante, esfuziante.
Tudo carregado de bem-querer,
De símbolos até mixurucas,
Ou uma linda flor.
O amor iniciante é pleno de sinais,
Quer mostrar sua graça,
Sua gratidão a toda instante.
Mas o amor também envelhece,
Perde a noção da gratuidade,
Tudo parece normal e natural.
Nem aqueles beijos se ousam mais ofertar,
Muito menos um simples aperto de mão.
O amor que envelhece morre de inanição,
Em vão se luta para ressuscitá-lo.
Quando morre assim aos poucos
Nem falta se sente dele.
Basta apenas um aviso: ACABOU.
As mãos vazias ficaram frias,
Os carinhos desapareceram.
O amor cresce ou morre,
A depender do que se leva com as mãos.