Em minha vida de fé
Nunca tentei misturar as coisas.
Queria deixar Deus de fora dos negócios de amar.
Pensava ser um insulto fazer pedidos ou promessas.
Nem a santos casamenteiros me recomendava a fé.
De onde estava sentia-me um peregrino,
Em busca de paz,
Em busca de um amor sereno.
E assim peregrinando no caminho do coração
Um pedido brotou como intenção:
- Senhor, dá-me um amor que mereço,
E se meu destino for a solidão,
Que seja assim, eu me rendo à vossa vontade.
Parecia o último alento,
Parecia o fim esperando a morte chegar.
E do outono nasceu assim a nova primavera.
As flores enfeitaram a vida,
O amor resgatou o meu viver.