Dos tempos da mata densa
Nas trilhas dos tatus,
A sol pino era fresco embrenhar-se
E com sede era fácil fazer uma bica.
Uma folha de taioba ou inhame
E o copo lindo pra tomar água.
A fome vindo e lá fácil era catar coquinho,
Araçá, orapronobis ou mesmo palmito.
Jatobá, ingá, maracujá.
Fome não se passava.
Hoje é preciso gritar muito
Pra salvar o que nos resta
De um ambiente degradado,
Acabado, explorado.
Até os peixes ficaram contaminados,
Garimpeiros assassinos,
Governo que fez a boiada passar.
Era a morte passando, senhores!
(No dia do Meio Ambiente)