No dia dedicado aos amantes,
Nunca fomos tão eternos como pensamos.
As juras de hoje são presunçosas demais,
O amor não é isso tudo que se espera.
Num piscar de olhos,
Amores vão para o lixo dos ressentimentos.
Num piscar de olhos,
Amores passam a habitar o inferno.
Somos demônios que um dia se amaram de verdade,
Para agora se odiarem para sempre.
De tantos amores, um lamento:
Tinha que ser assim?
Tanta dor, tantas lágrimas,
De nada mais vale o sofrimento.
Doravante seremos reféns das escolhas,
Sem levar em conta que havia renúncias.
O maior problema do amor
Parece ser tornar-se reféns da dor.
Viver um amor nunca traído,
Coisa para poucos.
Melhor será sempre viver o amor que se apresenta.
Aproveitemos amar enquanto se vive,
Pois morrer na solidão incógnita
Será sempre o inferno da solidão.