Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Restinho da viagem

Aquele resto do doce guardado com cuidado,

Demorado e reservado,

Como se ali naquele cadinho

Contivesse a plenitude do sabor.

Desde criança aprendi a cuidar dos restinhos,

De tudo o que eu mais gostava.

Dava briga forte quando alguém tomava o restinho guardado.

Então seguindo o caminho da vida,

O cuidado com o que me resta,

Mas com o desejo de dividir esse docinho

Com alguém que se alimente no amor.

De tudo que vivi pela vida,

Era chegar ao momento da plenitude.

Sempre entendi que ali estaria o que reservei,

Como a melhor parte do doce.

Como poderia amar assim com esse restinho de doce?

É um restinho precioso que preciso dividir.

Não busco a companhia da morte,

Mas o lado mais profundo do viver

Que se encontra no amor,

Pedindo aos deuses para nunca acabar,

E na liberdade de amar em paz 

Num canto qualquer somente nós dois.

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 13/08/2023
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