Era tudo o que de melhor poderia haver,
Em fins de outono carregando flores,
Para mais uma primavera ressurgir.
Em cada passo dado a dois
Eram nossos destinos se entrelaçando
Em cada dia nos unindo profundamente.
Mas o chão maltratado e pisado,
Fez a poeira erguer-se ao sol
Impregnando também as madrugadas.
Nossos olhos foram se fechando,
A poeira foi aumentando,
O caminho ficando esburacado.
A queda, uma explosão!
A água que nos matava a sede tinha secado,
Um grito forte, quase a morte.
Assim perdemos o rumo,
Na mesma estrada que pegamos.
Era preciso cuidado com a poeira
Que cega, traiçoeira,
Mesmo assentada no colo.