Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Poeira assassina

Era tudo o que de melhor poderia haver,

Em fins de outono carregando flores,

Para mais uma primavera ressurgir.

Em cada passo dado a dois

Eram nossos destinos se entrelaçando

Em cada dia nos unindo profundamente.

Mas o chão maltratado e pisado,

Fez a poeira erguer-se ao sol

Impregnando também as madrugadas.

Nossos olhos foram se fechando,

A poeira foi aumentando,

O caminho ficando esburacado.

A queda, uma explosão!

A água que nos matava a sede tinha secado,

Um grito forte, quase a morte.

Assim perdemos o rumo,

Na mesma estrada que pegamos.

Era preciso cuidado com a poeira

Que cega, traiçoeira,

Mesmo assentada no colo.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 27/08/2023
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