Teu nascimento sem o pai em casa,
Lá se foi o irmão mais velho chamar a vizinha,
Dona Terezinha Cao,
Que veio correndo pra nossa casa,
Afinal a mãe estava com dor de cabeça.
Nasceste assim, naturalmente,
No Pastinho do Rio Doce,
À beira da Mata.
Era a caçulinha!
A mais cheia de graça!
Dos outros irmãos, nenhuma lembrança,
Mas todos a carregam no colo
E também todos os apelidos recebe.
Neném! Nunca tem fim,
Sempre será. Até Nena!
Tuca! Humm por quê?
Medo da mu-tuca!
Seu choro, ouvido por todos,
Era aquele que a mãe mais escutava
E saía atrás de quem te fez chorar,
Não importava o motivo.
Como era gostoso te carregar na garupa!
Mas também um risco: se cair, já era!
A mãe desembestava atrás,
E tome tamancada na bunda.
Corríamos pro meio do mato,
Só de noite a volta,
Devagar, observando a mãe,
Se tinha no olhar ainda um tamanco prá jogar.
Ela já tinha esquecido tudo,
E agora só queria nos dar o jantar.
Hoje continua sendo a caçulinha,
Bela flor de nossa família!
Não importa o aniversário que comemora,
É nossa “Tuca” sem mutuca rsrs.
É a nossa “Neném”!
A nossa Augusta,
Divina! Dádiva dos deuses!
Ainda gostaria de te carregar no colo,
Ou na garupa,
E apenas te dizer:
Eu te amo muito, minha mana querida!