Naquela tarde de Ipanema,
Na brisa mar de tantas aquarelas,
Elevaste o tom para exclamar,
Gritar, porque era um grande segredo a revelar:
Um amor sem mistério!
Então me fiz filósofo para entender,
Até me fiz trapaceiro, a esconder,
Engatinhei pelos caminhos errantes,
E fui me encontrar no puro nada.
Pensei que serias um virtuose,
Sem amor, e sem virtude,
Escondi-me do tempo para não evaporar.
As luzes da razão apagadas,
Então lancei-me desesperadamente
Pois sei que vou te amar
Por toda a minha vida.