Como falar de amor depois daquela rosa
Que na verdade era o cogumelo da morte?
Como nunca mais o perfume cobriu os campos
Nem as noites iluminadas pelo luar?
Hiroshima, seu odor impregnou a terra,
Em cada canto, agora há guerra,
A cada lágrima, outra criança.
Em cada colo de mulher, um corpo moribundo,
Não há mais força para chorar.
O mundo embrutecido de armas,
Os espíritos da morte povoando a terra,
A guerra,
Estúpida e inválida,
Um mundo sem cor e sem perfume,
Sem rosas perfumadas,
Apenas o estrume da ignorância,
Sem mais nada.
Herança maldita!