Edebrande Cavalieri
A escrita é a salvação do espírito, da alma e do corpo.
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Último adeus

Imprevisível quase sempre,

Nunca se imagina acontecer,

Mas quando o momento chega,

O horizonte parece escurecer,

Anoitece na alma.

Essa sempre foi minha visão do adeus.

A noite começa no último olhar,

Naquele instante fatal,

Cabeça baixa,

Olhos ao chão,

O mundo desaparece da nossa frente,

A terra parece engolir tudo.

Somos enterrados vivos,

Coração pulsando forte,

Dor em todos os cantos do corpo,

Aos poucos desaparecemos por completo.

O adeus é assim o fim do brilho,

O fim da alegria,

O fim do sorriso.

O adeus é o desejo destruído,

Evaporado,

Esmagado,

Enterrado sob os pés.

Nem palavras nos acodem,

Apenas o silêncio doloroso,

E o coração sofrendo horrores.

Não fomos feitos para adeus,

Pois nem Deus pode nos socorrer.

Nele a fé se torna vã.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 20/02/2024
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