Imprevisível quase sempre,
Nunca se imagina acontecer,
Mas quando o momento chega,
O horizonte parece escurecer,
Anoitece na alma.
Essa sempre foi minha visão do adeus.
A noite começa no último olhar,
Naquele instante fatal,
Cabeça baixa,
Olhos ao chão,
O mundo desaparece da nossa frente,
A terra parece engolir tudo.
Somos enterrados vivos,
Coração pulsando forte,
Dor em todos os cantos do corpo,
Aos poucos desaparecemos por completo.
O adeus é assim o fim do brilho,
O fim da alegria,
O fim do sorriso.
O adeus é o desejo destruído,
Evaporado,
Esmagado,
Enterrado sob os pés.
Nem palavras nos acodem,
Apenas o silêncio doloroso,
E o coração sofrendo horrores.
Não fomos feitos para adeus,
Pois nem Deus pode nos socorrer.
Nele a fé se torna vã.