Em dias áridos e sem luar à noite,
O coração ressente da elevação,
Parece explodir de tanto querer,
Mas não chegam os versos desejados.
O que aparece, morre antes da hora.
Aridez seu nome é um desejo,
Onde se planta,
E nada se colhe.
Talvez a tempestade de areia
Traga consigo um oásis ventureiro.
Esperando a noite enluarada,
Aguardando um amor adormecido.
Somos herdeiros da incerteza,
De amor, se sofre sem pudor.
Aquela dor agravou a seca
E fez morrer o que havia de amor.
Levou tudo e até meus sonhos,
Levou a vida colorida
Deixou-se o cinza da tristeza.